24.4.17

de volta

Foi o período mais longo que estive sem aqui vir desde que o blog existe. Não me esqueci deste meu espaço, senti falta de escrever (sobretudo de registar pensamentos) e houve pessoas (da querida meia-dúzia que o conhece) que me perguntaram: Então e o blog? Nunca mais escreveste. Obrigada Laura, Roxy, Inês, Mãe (e Manel, claro) por perguntarem e insistirem para continuar.


Fotografia de Kalle K | Unsplash

O ano que ficou para trás (falo de 2016) foi um ano de muito trabalho (envolveu mais fins-de-semana at the office do que qualquer outro). Proporcionou-se bastante trabalho extra que, coincidentemente ou não, se encaixou na necessidade que tive de manter a cabeça ocupada e esquecer um bocadinho o que me/nos rodeava.

Nos últimos meses do ano, ou último semestre, encarámos uma situação próxima (não nossa) que nos afectou individualmente e enquanto casal. Foram meses em que vivemos um pouco em modo automático. Creio que o termo correcto é sobrevivemos [releio e parece-me drástica a forma como escrevo. Talvez, mas a verdade é que não fomos nós nesses meses].

Os dias passaram por nós sem que os vivêssemos, era só um dia atrás do outro. Foi uma fase menos boa — e cujo desfecho não dependia de nós. Não justifica a minha ausência, seria uma desculpa fácil, mas explica em parte a falta de vontade para escrever e partilhar. Senti falta mas não tive qualquer vontade de me expor (mesmo que apenas para a querida meia-dúzia).

Entrei em 2017 sem expectativas. Logo eu: pessoa de resoluções, planos e listas. A "poeira assentou" e tem sido um ano calmo, de reencontro. De reencontros. Tenho reencontrado amigos com muito mais frequência (curiosamente sem que o planeasse, tem acontecido) e temos estado, os dois juntos, com mais amigos também. Tem sido muito bom. Tem sido leve.