Apenas este fim-de-semana escrevo sobre o fim-de-semana passado. Já tive semanas bem mais agitadas logo essa não poderá ser a desculpa para não ter escrito tanto na semana que terminou. Não tive tanta vontade de escrever e o blog surge da vontade de escrever ou de registar momentos. Não vale a pena forçar quando essa vontade não existe - se o fizer não serei "eu" a escrever e bom... Não é isso que quero.
Neste momento escrevo de Setúbal. Já é de noite, estou sozinha em casa e escrevo com uma vista única para o castelo de Palmela iluminado. Apenas se ouve o vento lá fora. Para mim são condições ideais para escrever: solidão e silêncio (serenidade). A palavra solidão tem conotação negativa - mas, nesta situação, está longe de o ser. Solidão no sentido de retiro. Solidão desejada, não imposta, o que faz toda a diferença.
Neste momento escrevo de Setúbal. Já é de noite, estou sozinha em casa e escrevo com uma vista única para o castelo de Palmela iluminado. Apenas se ouve o vento lá fora. Para mim são condições ideais para escrever: solidão e silêncio (serenidade). A palavra solidão tem conotação negativa - mas, nesta situação, está longe de o ser. Solidão no sentido de retiro. Solidão desejada, não imposta, o que faz toda a diferença.
Mas dizia eu que ia falar do fim-de-semana passado. Há muito tempo que não passava um fim-de-semana com a minha irmã, em sua casa, como aconteceu. Não vivemos muito longe mas continuam a ser cidades diferentes - Lisboa e Setúbal - e a logística dos dias remete os encontros quase sempre para os fins-de-semana. E não para todos os fins-de-semana. E não fins-de-semana inteiros, um almoço aqui, um jantar ali. Um fim-de-semana inteiro juntas há muito que não acontecia.
[Eu e a minha irmã: somos muito próximas, de uma forma que considero saudável: tanto pode acontecer falarmos várias vezes durante uma semana como estarmos uma semana inteira sem falar. Contamos uma com a outra mas não nos impomos constantemente. Procuramo-nos mas também sabemos dar espaço - cada uma tem as suas rotinas, os seus hobbies e os seus amigos. Não preciso de a ver para saber que a tenho ali. É minha. Como irmã é só minha - e tenho muita sorte].
[Eu e a minha irmã: somos muito próximas, de uma forma que considero saudável: tanto pode acontecer falarmos várias vezes durante uma semana como estarmos uma semana inteira sem falar. Contamos uma com a outra mas não nos impomos constantemente. Procuramo-nos mas também sabemos dar espaço - cada uma tem as suas rotinas, os seus hobbies e os seus amigos. Não preciso de a ver para saber que a tenho ali. É minha. Como irmã é só minha - e tenho muita sorte].
O plano para o fim-de-semana passava por ajudá-la a arrumar a garagem - cheia de caixotes com a infância e adolescência que trouxe da casa de Azeitão -, comer castanhas assadas em passeio pela baixa e ainda fazer um bolo versão saudável. Pequenos prazeres, portanto. Resultado: a arrumação da garagem não passou muito do portão, as castanhas estavam boas (e alegrámo-nos com o movimento da baixa) e o bolo saudável foi substituído por uma granola caseira, também versão saudável (e biológica).
Pelo meio fomos falando, do sério e do menos sério, como quando ainda vivíamos com os nossos pais na casa da Azeitão e nos refugiávamos no quarto uma da outra, a fugir ao estudo. A verdade é que o fim-de-semana passou em segundos, ainda mais depressa do que na adolescência. Num instante chegámos a domingo à noite e aos abraços apertados que damos sempre que nos vemos e deixamos. Segunda-feira tive ainda mais saudades do que o costume. Queria voltar atrás.
Pelo meio fomos falando, do sério e do menos sério, como quando ainda vivíamos com os nossos pais na casa da Azeitão e nos refugiávamos no quarto uma da outra, a fugir ao estudo. A verdade é que o fim-de-semana passou em segundos, ainda mais depressa do que na adolescência. Num instante chegámos a domingo à noite e aos abraços apertados que damos sempre que nos vemos e deixamos. Segunda-feira tive ainda mais saudades do que o costume. Queria voltar atrás.
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