10.12.15

do pequeno-almoço

Uma coisa que me custa: sair de casa de manhã sem tomar o pequeno-almoço. Normalmente só acontece uma vez por ano - em dia de análises de rotina - e hoje foi o dia. Sair de casa de estômago vazio (e sem café no sistema, o único que bebo por dia), descer a rua até ao metro, fazer o percurso de metro até ao hospital, ter 20 pessoas à frente (sabia que devia ter vindo ainda mais cedo) e análise - é muito tempo, custa-me um bocadinho e sinto que a manhã não é igual. A verdade é que acordo sempre com apetite - aliás, deito-me à noite a sonhar com o pequeno-almoço do dia seguinte - e sou capaz de comer bastante ao pequeno-almoço (principalmente ao fim-de-semana, num dia normal fico-me por torradas e café antes do ginásio e iogurte com granola e fruta quando volto do ginásio). Não foi sempre assim: houve uma fase na adolescência (= altura de dietas malucas) em que me limitava a um copo de leite ao acordar - e hoje penso como era possível? É uma questão de hábito, como tudo na vida. E é dos meus hábitos preferidos.

Pequeno detalhe do dia de hoje: já na cafetaria do hospital, depois das análises, consegui distinguir entre o galão e a meia-de-leite (aleluia!) e pedir o que realmente me apetecia - um galão quentinho. Não, não vou dizer o que acompanhou o galão (foi um pão de deus com manteiga e fiambre, em jeito de compensação pela ausência de pequeno-almoço ao acordar, mas que não valeu assim tanto a pena - aliás, o pão de deus deixa de fazer sentido quando não da Padaria Portuguesa). Sim, o galão pode soar a opção incoerente quando afirmo a quem me ouve que deixei de beber leite (de vaca - ou qualquer leite, não me habituei a nenhum leite vegetal) há quase um ano. É verdade, é incoerente. Sabe-me bem por ser quentinho mas acabo sempre por sentir algum peso no estômago. É raro beber - tirando em Nova Iorque, onde bebi um latte do Starbucks por dia (e chocolate quente e outras coisas boas), mas férias são férias, Nova Iorque é Nova Iorque e tudo o que andei a pé compensou <3

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